Ônibus mágico
Enfim, o que era realmente o ônibus do Alexander Supertramp? Ele estava em busca do Alaska, meio que perdido, sozinho. Não que isso o incomodasse. Aquele era um momento dele com ele mesmo. Toda a trajetória que ele fez pra chegar até ali era parte desse momento. E, no meio do nada, ele encontrou... o ônibus abandonado, um refúgio. Ali ele pôde ter acesso a alguns instrumentos facilitadores básicos da vida. A maioria do básico ele já tinha, mas o ônibus foi como encontrar um lar, o lugar para voltar todas as noites, o porto seguro, o calor, o apoio... o yang? Mas aí, por mais que ele se sentisse bem consigo mesmo, independente, pois ele não precisava de ninguém pra nada que quisesse fazer, ele percebeu que faltava algo muito importante: como ele poderia ser realmente feliz se não tinha com quem compartilhar tudo aquilo? O lar que ele descobriu, o alimento que ele colheu e caçou com as próprias mãos, sem a divisão não significa nada. E ele percebeu isso. Que bom. E que pena que não pôde mais voltar pra dividir o que descobriu. Teria sido bonito, não? Teria sido, realmente? Será que ele conseguiria compartilhar isso? Com a irmã ou a família, com os amigos que fez pelo caminho? O ônibus não pode ser um lar completo sem alguém pra compartilhar o dia-a-dia.
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